
No dia da Independência não poderíamos ir a outro lugar há não ser na fazenda Morro Azul, por onde passou Dom Pedro I. Na mochila, água, bolacha e muita disposição. Saímos de frente do posto Texaco por volta das 8h30 e caímos na SP-151 rumo à represa Iracema. Demos uma meia volta próximo da mata ciliar onde encontramos algumas homens que ignoravam as placas que alertavam para a proibição de nado, caça e pesca. Embora estavam mais para cachaceiros do que pescadores, pela animação, é provável que eles tenham também se banhado, limpado os peixes e feito suas necessidades fisiológicas na pura água da Iracema .
Depois de nos questionarmos sobre o porquê de ninguém fiscalizar o local, seguimos adiante. Passamos ao lado do sítio do Lazinho, onde logo na entrada há uma gigantesca seringueira que fazia uma sobra convidativa. Mas não podíamos perder tempo, e seguimos pela famosa Avenida Morro Azul, que na verdade deveria se chamar Avenida da Macumba.
Nunca vimos tantos despachos juntos. A noite deve haver até fila para os macumbeiros de plantão. A cada árvore havia lá sua macubinha. Havia aquelas feitas de qualquer jeito, com cerveja barata e outras mais requintadas com direito a maças frescas, estátuas e punhais. Nosso camarada César Alves, que nos acompanhou nessa empreitada, examinou um despacho feito com maças e vinhos. Especialista em ciências ocultas, disse que o despacho com maça e vinho é para acabar com casamento e aqueles com cerveja para deixar de beber. Dado o recado apertarmos o passo e fomos para fazenda.
No caminho, algum botânico metido a pedreiro fez alguns reparos nas palmeiras imperais com concreto. É, nós também achamos bizarro, mas parece que a idéia deu certo.
Chegamos rápido na entrada. O portão estava aberto e entendemos que poderíamos entrar. Do portão até o casarão foram poucos mais que dez minutos. E, depois de percorrido o curto caminho estávamos lá: no local por onde passou o homem que no dia 7 de setembro de 1822, as margens do riacho Ipiranga recebeu uma carta com ordens de seu pai, para que voltasse para as terras lusitanas, e se submetesse as ordens do reio de Portugal Dom João VI. Foi então que Dom Pedro, amassou a carta, olhou para o céu e gritou em alto e bom som: “A merda Portugal”.
Já nós orgulhosos de pisarmos onde Dom Pedro pisou seguimos de volta para casa. Até a fazenda foram quase duas horas de caminhada. Pena que não deu para entrar no casarão, almoçar e nadar na pisicna .

2 comentários:
o tal concerto na palmeira se chama cirurgia vegetal e feito com cimento mesmo e serve para reparar buracos e partes podres da qualquer tipo de arvore depois de algum tempo a arvore se encarrega de cobrir o cimento voltando ao seu estado normal.....
cirurgias a parte ............. nos andamos pra Karamba eo Henry teima que nao mais da 20 Km tranquilo 10 pra ir e 10 pra volta ................ mais foi bom d+ so risadas mais o melhor foi a recompensa no final "caldo-de-cana" e "pastel" , deu ate voltade de ir de novo rsrsrsrsrrs
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