quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Fazenda Quilombo

Nós fomos na Fazenda Quilombo - produtora de café- que fica há pouco menos de 10 km de Iracemápolis. Em breve mais detalhes.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Fazenda Paramirim – 10 km


Saímos cedo, por volta de umas 7h. Eu, Lucão e o César. O início do caminho foi tranqüilo. Seguimos pela SP-151 até o Cemitério Municipal. Depois de uma visita ecumênica ao banheiro do cemitério continuamos rumo a fazenda. O caminho é curto, porém, o lugar é muito bonito. O tanque é o cartão postal da fazenda. É gigante e imponente.
Ao entrarmos na fazenda a impressão que se tem é de uma volta ao passado, não pela estrutura dos imóveis, mas sim pelas pessoas. A maior parte delas humilde e muito educada. Coisa rara hoje em dia. Os moradores, mesmo não nos conhecendo, não dispensavam um bom dia acompanhado de um sorriso sincero.
Um fato curioso foi uma horta esquisita que encontramos. Em meio aos pés de alfaces havia com espantalhos cabeças de bonecas enfiadas em estacas de madeira. A dúvida que ficamos foi se a idéia era para espantar pássaros ou crianças.
Próximo da horta gótica havia uma cancha de bocha abandonada. Um cenário triste, porque o local era um dos únicos pontos de lazer dos moradores, mas que foi abandonado. A cancha hoje está em estado precário, com telhas quebradas, suja e habitada por aranhas gigantes.
Passamos pela fazenda e caminhamos em direção a mata ciliar que abraça o tanque. A surpresa foi que na margem do tanque há uma imensa plantação de amora. Não precisa nem dizer que quase tivemos uma overdose da fruta.
A idéia era ir até Fazenda Paramirim e dar a volta no tanque, mas o negócio não tinha fim e voltamos na metade do caminho. Ao todo foram cerca de 10 quilômetros de muita caminha, filosofia e amoras.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Juca do Ponto – 13 KM




Domingo 8h. O sol já parecia o do meio dia. Protetores solares a mão, água algumas barrinhas de cereais e pé na estrada. O destino era o centenário Juca do Ponto.
Partimos em direção ao Cemitério Municipal pela SP-151. Após passarmos pela substação de energia dobramos rumo a Usina Boa Vista. No caminho um constrangimento. Uma placa em Iracemápolis alertando a presença de veadinhos na pista. A empresa evidentemente importou os adesivos dos E.U.A onde é comum esses bichos, mas aqui no Brasil, principalmente em Iracemápolis que é terra de macho, o que passa pela nossas estradas são as temíveis onças. Com esse argumento mantivemos nossa moral em alta seguimos ao lado da via. Ao chegarmos próximo de um belo tanque encontramos uma carcaça de capivara baleada. Ficamos chocados com a cena e enjoados com cheiro. Dobramos a esquerda novamente e pegamos uma estrada de terra ferrada.Cada caminhão que passava –e não eram poucos- tínhamos que cobrir o nariz com a camisa para não afogar com o pó.
Depois de caminharmos por cerca de uma hora e meia avistamos do alto, o lendário Juca do Ponto. Na entrada um cachorro, que lembra um fila pulou em meu peito. Antes mesmo de reagir saiu um sujeito do bar e disse: “Fica tranqüilo que ela está apenas te cumprimentando”. Não tinha outra opção a não ser acreditar.
Depois da calorosa recepção entramos no boteco. O lugar lembra aqueles bares de beira de estrada. Balcão largo, bebidas na prateleira e fotos por todos os cantos. E, em cima do balcão uma mortadela gigante de meio metro de comprimento.
Mas a nossa surpresa maior ficou por conta do atual proprietário o Geraldo. O senhor simpático de 50 e poucos anos, nos disse que comprou o ponto do Juca do Ponto por cerca de R$ 20 mil. O motivo do preço é que ponto é centenário, e segundo os cálculos de Geraldo tem mais de 150 anos.
Ao lado do ponto há um lugar místico. Uma igreja que tem como altar uma pedra que foi usada para celebrar as primeiras missas em Iracemápolis, mas que atualmente conforme Geraldo está abandona e nem missas são mais realizadas.
Depois de provarmos a famosa mortadela que é muito boa por sinal, voltamos para casa, pelo caminho oposto, ou seja, passamos pelo Pilão e saímos na SP-147.
O passeio levou cerca de três horas e meia. O conselho para quem for ao Ponto é que leve pelo menos uns R$ 10. A quantia é mais que suficiente para comer uma porção de mortadela, tomar uma cerveja gelada e ganhar de lambuja um aperto de mão do cão de guarda.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Fazenda Citra – 14 KM


Não eram nem 7h e o sol já tava de lascar. Partimos às 7h40 rumo a Fazenda Citra conhecida também como Dierberger. Passamos pelo final do bairro Aquarius e fomos caminhando sentido ao Kemp. No entanto, pouco antes da entrada do mais famoso alambique de Iracemápolis, quebramos a esquerda perto de um ferro velho e botamos definitivamente o pé na estrada.
Era uma reta só. Longa, empoeirada e com enormes pedras de cascalho. Ao passar pelo ribeirão Águas da Serra, o cheiro de podre vindo do esgoto se misturou a brisa de um enorme pasto próximo do riacho.
Não caminhamos muito e nos depararmos com uma farta ameixeira. Sem titubear, os quatro esfomeados atacaram o indefeso pé. Os mais esganados – como o Orlando e Dú- avançaram na árvore e arrancaram galhos inteiros como se fossem as últimas ameixas do mundo. Saciado o apetite, seguimos por uma longa reta com mais de três quilômetros até sair na SP-306 que liga Limeira a Piracicaba.
Ao entrar na rodovia nosso primeiro ponto turístico foi um daqueles telefones de emergência. Queríamos ver como funcionava o aparelho. É ridículo. Trata-se de uma tela de arame gigante e um botão do tamanho de uma bola de tênis. Alguém sugeriu de apertar e sair correndo. No entanto, correr era a última coisa que queríamos fazer naquele momento, então nos restringimos a fazer apenas algumas fotos ao lado da estrada.
Não demorou muito e lá estamos nós na entrada da Fazenda Citra, que é formada por um corredor gigante com uns 500 metros. Nas lateriais há árvores do mundo todo. Em cada uma delas uma placa de identificação com nome popular e o ciêntífico.
O que mais chamou a atenção foi uma como o nome de Pau De Alho. Nosso especialista em botânica, Célio Lima, foi conferir o porquê do nome. E, depois de raspar o tronco, cheirar, pensar e analisar a fragrância descobriu que a árvore curiosamente tem cheiro de alho. Dada a descoberta fomos até a recepção da fazenda.
Na entrada o proprietário nos atendeu muito cordialmente nos presenteando com um saco de meio quilo de castanha de macadâmia torrada. Que, diga-se de passagem, uma fruta espetacular, lembra um pouco a castanha do para. Um detalhe interessante é que o chão da fazenda é quase todo forrado com cascas de castanhas.
Dentro da Citra há inúmeras espécies de árvores centenárias, coleções de palmeiras e jabuticabas. E, é justamente para as jabuticabeiras que vai o quarteto esfomeado novamente. Como se não bastasse comer e guardar algumas na bolsa, não sei quem, resolveu iniciar uma guerra de jabuticabas. Começou com o arremesso das pequeninhas e acabou com o lançamento de umas que pensavam mais de um quilo – brincadeira, exagerei um pouco, mas que é pancada doía muito.
Batalha concluída e hematomas a parte iniciamos o caminho de volta.
De quebra, no retorno, encontramos um pé de amora. Sim, novamente, avançamos como se também fosse último do mundo.
Ao todo foram três horas de caminhada. Para que quiser conhecer o lugar, a Fazenda Citra é aberta a visitação de segunda a sexta-feira das 7h às 17h e aos sábados das 8h às 12h. Os sacos de macadâmias podem se compradas no local por R$ 12 e R$ 25.
Já as jabuticabas infelizmente acabaram ontem.

Fazenda Morro Azul - 15 KM




No dia da Independência não poderíamos ir a outro lugar há não ser na fazenda Morro Azul, por onde passou Dom Pedro I. Na mochila, água, bolacha e muita disposição. Saímos de frente do posto Texaco por volta das 8h30 e caímos na SP-151 rumo à represa Iracema. Demos uma meia volta próximo da mata ciliar onde encontramos algumas homens que ignoravam as placas que alertavam para a proibição de nado, caça e pesca. Embora estavam mais para cachaceiros do que pescadores, pela animação, é provável que eles tenham também se banhado, limpado os peixes e feito suas necessidades fisiológicas na pura água da Iracema .
Depois de nos questionarmos sobre o porquê de ninguém fiscalizar o local, seguimos adiante. Passamos ao lado do sítio do Lazinho, onde logo na entrada há uma gigantesca seringueira que fazia uma sobra convidativa. Mas não podíamos perder tempo, e seguimos pela famosa Avenida Morro Azul, que na verdade deveria se chamar Avenida da Macumba.
Nunca vimos tantos despachos juntos. A noite deve haver até fila para os macumbeiros de plantão. A cada árvore havia lá sua macubinha. Havia aquelas feitas de qualquer jeito, com cerveja barata e outras mais requintadas com direito a maças frescas, estátuas e punhais. Nosso camarada César Alves, que nos acompanhou nessa empreitada, examinou um despacho feito com maças e vinhos. Especialista em ciências ocultas, disse que o despacho com maça e vinho é para acabar com casamento e aqueles com cerveja para deixar de beber. Dado o recado apertarmos o passo e fomos para fazenda.
No caminho, algum botânico metido a pedreiro fez alguns reparos nas palmeiras imperais com concreto. É, nós também achamos bizarro, mas parece que a idéia deu certo.
Chegamos rápido na entrada. O portão estava aberto e entendemos que poderíamos entrar. Do portão até o casarão foram poucos mais que dez minutos. E, depois de percorrido o curto caminho estávamos lá: no local por onde passou o homem que no dia 7 de setembro de 1822, as margens do riacho Ipiranga recebeu uma carta com ordens de seu pai, para que voltasse para as terras lusitanas, e se submetesse as ordens do reio de Portugal Dom João VI. Foi então que Dom Pedro, amassou a carta, olhou para o céu e gritou em alto e bom som: “A merda Portugal”.
Já nós orgulhosos de pisarmos onde Dom Pedro pisou seguimos de volta para casa. Até a fazenda foram quase duas horas de caminhada. Pena que não deu para entrar no casarão, almoçar e nadar na pisicna .

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Kemp - 7,9 KM





Nesta semana nosso rumo foi a fazenda Kemp em busca da saborosa pinga amarela.
O horário de saída foi às 9h. Partimos em direção a rodovia SP-306 – que liga Iracemápolis a Santa Bárbara D´oeste . Na primeira entrada após passarmos pelo antigo sítio do Pagiaro dobramos a esquerda e caímos na estrada de terra.
Embora havia cascalho, poeira é que não faltava quando qualquer veículo passava pelo local, mas isso nunca foi problema para nossas destemidas caminhadas.
O primeiro ponto turístico no caminho foi uma gigante plantação de bananas. Ficamos tentados em pular a cerca em busca de uma fruta madura. No entanto, os conhecimentos avançados sobre animais peçonhentos que Orlando possui, foram argumentos mais que suficientes para fazer como que mudássemos de idéia. Segundo ele, há estudos científicos que comprovam uma atração de cobras por banana. Ninguém botou muita fé, mas na dúvida resolvemos adiar a invasão e seguimos em frente. Não andamos mais que 30 minutos para nos depararmos com a entrada do Kemp. Em meio a uma grande horta havia um aparelho de som que era responsável pela música ambiente. Chegamos ao som de Zezé de Camargo e Luciano.
Na entrada do engenho fomos recebidos carinhosamente por um mastim napolitano que come pedra. Também achei estranho, mas o dono disse que é um hobby do cão. Fomos conhecer o engenho do seu Ari Kemp e CIA. E, em seguida convidados a tomar a fantástica pinga amarela, que estava branca, mas que por sinal muito saborosa.
Depois da degustação e uma longa conversa sobre licores voltamos para casa.
Percorremos em média dez quilômetros em duas horas. Foi uma caminhada relativamente rápida e tranqüila.
Uma dica: quando forem ao Kemp não deixem de levar um galão de pelo menos 20 litros por que a pinga é boa pra cacete.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Gruta do Pilão - 11,42 KM


A saída estava marcada para ás 8h30. Saímos ás 9h eu e o Dú. O Orlando deu cano.
O caminho pelas margens da rodovia SP-306 ( que liga Iracemápolis a Santa Bárbara D´oeste) foi tranqüilo. O problema foi quando entramos na estrada de terra rumo ao aterro sanitário. A recomendação foi do Dú, que depois de consultar seu guia espiritual decidiu que esse seria o caminho mais curto. E de fato foi, porém mais sujo. Comemos muita poeira.
Depois de andarmos cerca de uma hora enfrentamos um dilema: devíamos atravessar um mato alto cheio de espinhos e depois passar por dentro de um rio poluído e fedorento ou tínhamos a opção dar um volta homérica que levaria mais de 30 minutos. Óbvio que fomos corajosos e motivados pelo espírito de aventura demos a volta.
Chegamos na Gruta. Um lugar simpático e muito frio a grama estava até aparada. Uma cabeça de vaca decorava a entrada.
Ao sair, de longe, um bando de boi vinha em nossa direção. Motivo mais que suficiente para apertarmos o passo e passar sobre as cercas de arame farpado.
Na volta optamos por cruzar por meio do Sítio do Pilão. Logo na entrada passamos a poucos metros de um Pit Bull acorrentado que, se por ventura escapasse, com nosso preparo físico não correríamos mais que dez metros sem levar uma mordida. Por sorte o bicho não deu muita atenção para gente.
Na saída da fazenda fomos ameaçados por um grupo medonho de gansos selvagens. Que por muito pouco não fez com que iniciássemos uma constrangedora corrida devido a ameaça dos pássaros.
Depois de uma hora e meia chegamos ao marco zero de nossa caminhada. Ao todo foram percorridos cerca de 15 quilômetros em pouco menos de três horas. Nossa única frustração foi não ter achado uma ponta de flecha e um pé de goiaba para matarmos a fome.
 
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